TEORIAS DA APRENDIZAGEM: ESTUDO, PESQUISA E INTERAÇÃO.
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TEORIAS DA APRENDIZAGEM: ESTUDO, PESQUISA E INTERAÇÃO.




Em todos os tempos, o ser humano sempre procurou compreender e explicar o mundo em que vive, como forma de encontrar recursos para enfrentar os perigos e sobreviver. Entretanto, as explicações para os fenômenos do universo foram mudando, através dos tempos, na medida em que o conhecimento humano avançou.
Avançar para além das aparências e duvidar do que todo mundo acha que é certo parecem ser atitudes que fazem avançar a ciência. Os contemporâneos de COPÉRNICO acreditavam que o Sol girava ao redor da Terra, e não o contrário como pensava NICOLAU COPÉRNICO.
Da mesma forma, no campo da APRENDIZAGEM, por exemplo, os psicólogos não acreditam que alguém aprende simplesmente porque outra pessoa ensina, ou, mesmo, apenas porque quer aprender. Porque duvidam disso? Porque observaram que muitas pessoas a quem se ensina, não querem aprender e, por isso, não aprendem.
A aprendizagem, apesar de ser universal e ocorrer durante toda a vida, não é tão simples quanto possa parecer à primeira vista. Os psicólogos ainda não chegaram a um acordo sobre os aspectos considerados mais importantes no PROCESSO DE APRENDIZAGEM. Por causa das diferenças de pensamento e de opinião, é que surgiram as diferentes teorias para explicar a APRENDIZAGEM.
Apresentamos a seguir cinco das principais TEORIAS que procuraram compreender e explicar o PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
01- TEORIA DO CONDICIONAMENTO: Para SKINNER, as pessoas são como “CAIXAS NEGRAS”: podemos conhecer os estímulos que as atingem e as respostas que dão a esses estímulos, mas não podemos conhecer experimentalmente os processos internos que fazem com que determinado estímulo leve a uma dada resposta. De acordo com essa teoria, APRENDIZAGEM É IGUAL A CONDICIONAMENTO. Isso significa que, se queremos que uma pessoa aprenda um novo comportamento, devemos condicioná-la a essa aprendizagem.Para que ocorra o condicionamento, não é necessário dar o REFORÇO todas às vezes em que o indivíduo manifesta o comportamento desejado. O reforçamento intermitente, às vezes sim e às vezes não, produz um condicionamento mais duradouro.
02- TEORIA DA GESTALT: Para os seus defensores, como KOHLER, KOFFKA e HARTMANN, no processo de aprendizagem, a experiência e a percepção são mais importantes que as respostas específicas dadas a cada estímulo. A EXPERIÊNCIA E A PERCEPÇÃO englobam a totalidade do comportamento e não apenas respostas isoladas e específicas. A pessoa percebe uma “forma”, uma “estrutura”, uma “configuração” ou “organização”. Esses termos são sinônimos da palavra alemã GESTALT. Para os psicólogos gestaltistas, a aprendizagem ocorre, principalmente, por INSIGHT. E o que é insight? É uma espécie de estalo, de compreensão repentina a que chegamos depois de tentativas infrutíferas em busca de uma solução. Por exemplo, você perdeu uma chave, procura em muitos lugares, tenta lembrar-se de onde a deixou, e nada de encontrá-la.Depois, quando você já parou de procurar e está fazendo outra coisa, lembra-se repentinamente de onde deixou a chave. Em relação ao trabalho escolar, pode-se afirmar que a Teoria da Gestalt é mais rica que a Teoria do Condicionamento, pois tenta explicar aspectos ligados à solução de problemas. Explica, também, como ocorre o trabalho científico e artístico que, muitas vezes, resulta de um estalo, de uma compreensão repentina.
03- TEORIA DE CAMPO: Seu principal formulador foi KURT LEWIN. De acordo com essa teoria, são as forças do AMBIENTE SOCIAL que levam o indivíduo a reagir a alguns estímulos e não a outros; ou que levam indivíduos diferentes a reagirem de maneiras diferentes ao mesmo estímulo. A influência dessas forças sobre o indivíduo dependeria, em alto grau, das próprias necessidades, atitudes, sentimentos e expectativas do sujeito (CAMPO PSICOLÓGICO).O campo psicológico seria o ambiente, incluindo suas forças sociais,da maneira como é visto ou percebido pelo indivíduo.A conclusão de LINDGREN é a seguinte: “O fato é que o comportamento das crianças é determinado por sua percepção de si próprias e do mundo que as rodeia. Se esta percepção se modifica, muda também seu comportamento.
04- TEORIA COGNITIVA: Foi elaborada inicialmente por JOHN DEWEY e, logo depois por JEROME BRUNER. Essa teoria concebe a aprendizagem como SOLUÇÃO DE PROBLEMAS. É por meio da solução dos problemas do cotidiano que os indivíduos se ajustam a seu ambiente. Da mesma forma deve proceder a ESCOLA, no sentido de desenvolver os processos de pensamento do aluno e melhorar sua capacidade para resolver problemas do cotidiano. Em seus estudos, DEWEY apontou seis passos característicos do pensamento científico: A) TORNAR-SE CIENTE DA EXISTÊNCIA DE UM PROBLEMA (Questão pessoal e individual da pessoa.); B)ESCLARECIMENTO DO PROBLEMA (Coleta de dados e informações pela pessoa.); C) APARECIMENTO DAS HIPÓTESES( Suposição das prováveis soluções de um problema.) ;D) SELEÇÃO DA HIPÓTESE MAIS PROVÁVEL(Escolher a hipótese verdadeira, após eliminar as consideradas falsas.); E) VERIFICAÇÃO DA HIPÓTESE(Busca da verdadeira prova causadora do problema, na prática e na ação.) ; F)
GENERALIZAÇÃO(Busca de hipóteses mais realistas e concretas.)
05- TEORIA FENOMENOLÓGICA: Os teóricos da fenomenologia dão grande importância à maneira como o aluno percebe a situação em que se encontra. Além disso, entendem que a criança aprende naturalmente, que ela cresce por sua própria natureza. O mais importante é que o material a ser aprendido tenha significado pessoal para o aluno. O que pode fazer a escola para facilitar a aprendizagem, a partir da própria experiência da criança? SNYGG e COMBS, representantes da citada teoria, apresentam algumas sugestões (Apud: LINDGREN. Cit., p. 254 e 259):
● Proporcionar aos alunos oportunidades de pensar por si próprios, por meio
da criação de um clima democrático na sala de aula.
● Dar a cada estudante a oportunidade de desenvolver os estudos de acordo
com o seu ritmo pessoal.
● A ESCOLA deve considerar o impulso universal de todos os seres humanos
no sentido de concretizar suas próprias potencialidades, e não reprimir tal
impulso prendendo-o ao sistema rígido de notas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

● PSICOLOGIA EDUCACIONAL- EDITORA ÁTICA/ 9ª EDIÇÃO- SÃO
PAULO (1991). AUTOR: NELSON PILETTI.

♦AUTOR- PESQUISADOR: JOSÉ DE FREITAS GÓIS.



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