A dívida do governo do Estado do Rio apenas no primeiro quadrimestre de 2015 já chega a R$ 2,4 bilhões, segundo dados do Sistema de Informações Gerenciais (SIG), da Secretaria de Estado de Fazenda, indica relatório divulgado pelo deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB). Nesta quinta-feira (14), a secretaria já tinha informado que, só a fornecedores, o governo do Estado deve R$ 1,2 bilhões.
Os dados do SIG levam em conta as contas gerais de todo o Poder Executivo do Rio de Janeiro, incluindo despesas com fornecedores, folha de pagamento, terceirizados, entre outros. Segundo o relatório, até esta quarta-feira (13), apenas na área da Segurança Pública do Rio a dívida chegava a R$ 668 milhões.
Outro grande déficit é na área da Educação, onde o Estado precisa quitar R$ 624 milhões. Apenas com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro o governo precisa quitar mais de R$ 74 milhões. Na Saúde Pública a dívida chega a R$ 346 milhões.
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Nos primeiro quatro meses deste ano o Estado teve uma despesa total de R$ 19,8 bilhões, dos quais R$ 17,4 bilhões foram pagos. No mesmo período, o gasto com a Segurança chegou a R$ 3,6 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão foi gasto com a Polícia Militar. Com a Educação a despesa foi de R$ 2,5 bilhões e R$ 1,4 bilhão com Saúde Pública.
Ainda de acordo com o relatório do Sistema de Informações Gerenciais (SIG) da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio, além das dívidas do Estado estarem altas, alguns setores considerados de extrema importância para os cofres públicos tiveram uma arrecadação abaixo do esperado em relação a 2014. A receita com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) e royalties do petróleo, ficaram, respectivamente, -15,35% e -14,42%, quando comparadas com o primeiro quadrimestre do ano passado. Nos primeiros quatro meses de 2015 foram arrecadados com ICMS cerca de R$ 10,29 bilhões e R$ 1,69 bilhão em royalties e compensações financeiras.
De acordo com o deputado Luiz Paulo, o rombo na arrecadação não justifica a dívida do Estado. "Um problema é a crise econômica, financeira, política, ética e todas as crises que você possa imaginar que o nosso país enfrenta hoje. Mas tem uma outra crise que poucas pessoas falam, que é a crise de gestão. No meu entendimento, este rombo não justifica o tamanho do 'não pago' (dívidas). Se você pega os seis meses de 2014, todos os candidatos à reeleição fingiram que a situação não estava indo ladeira abaixo e não tomaram as medidas para apertar o cerco. Ao contrário, continuaram como se o céu fosse azul. Só que acabou a eleição e o céu, além de não ser azul, tinha uma tempestade imensa", criticou Luiz Paulo.
Ainda de acordo com o relatório do Sistema de Informações Gerenciais (SIG) da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio, além das dívidas do Estado estarem altas, alguns setores considerados de extrema importância para os cofres públicos tiveram uma arrecadação abaixo do esperado em relação a 2014. A receita com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) e royalties do petróleo, ficaram, respectivamente, -15,35% e -14,42%, quando comparadas com o primeiro quadrimestre do ano passado. Nos primeiros quatro meses de 2015 foram arrecadados com ICMS cerca de R$ 10,29 bilhões e R$ 1,69 bilhão em royalties e compensações financeiras.
De acordo com o deputado Luiz Paulo, o rombo na arrecadação não justifica a dívida do Estado. "Um problema é a crise econômica, financeira, política, ética e todas as crises que você possa imaginar que o nosso país enfrenta hoje. Mas tem uma outra crise que poucas pessoas falam, que é a crise de gestão. No meu entendimento, este rombo não justifica o tamanho do 'não pago' (dívidas). Se você pega os seis meses de 2014, todos os candidatos à reeleição fingiram que a situação não estava indo ladeira abaixo e não tomaram as medidas para apertar o cerco. Ao contrário, continuaram como se o céu fosse azul. Só que acabou a eleição e o céu, além de não ser azul, tinha uma tempestade imensa", criticou Luiz Paulo.
Crise na Saúde
Nas últimas semanas, a crise na saúde do Rio se agravou entre os funcionários terceirizados dos serviços de limpeza, segurança e manutenção de unidades do estado, que entraram em greve devido ao atraso no pagamento dos salários.
Nas últimas semanas, a crise na saúde do Rio se agravou entre os funcionários terceirizados dos serviços de limpeza, segurança e manutenção de unidades do estado, que entraram em greve devido ao atraso no pagamento dos salários.
Com isso, em hospitais como o Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, médicos tiveram de fazer a limpeza em ambulatórios e banheiros para poder trabalhar. As imagens foram flagradas por parentes de pacientes internados na unidade.
A secretaria de Fazenda confirmou que os repasses estão sendo realizados, mas com atrasos. Entre as alegações da demora, estão o impacto nas contas do estado do Rio provocado pela queda nos preços do barril de petróleo, a desaceleração da economia no país e a crise da Petrobras. Segundo dados, 80% das atividades da empresa estão concentradas no estado do Rio.
A secretaria de Fazenda confirmou que os repasses estão sendo realizados, mas com atrasos. Entre as alegações da demora, estão o impacto nas contas do estado do Rio provocado pela queda nos preços do barril de petróleo, a desaceleração da economia no país e a crise da Petrobras. Segundo dados, 80% das atividades da empresa estão concentradas no estado do Rio.
Rocha Faria limpo
Em entrevista ao Bom Dia Rio nesta quarta, o secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, disse que o problema do acúmulo de lixo no Hospital Rocha Faria foi pontual e já foi contornado.
Em entrevista ao Bom Dia Rio nesta quarta, o secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, disse que o problema do acúmulo de lixo no Hospital Rocha Faria foi pontual e já foi contornado.
Ele garantiu que o pagamento às empresas que fornecem o serviço de limpeza no Rocha Faria foi feito na terça-feira (12). O secretário informou ainda que notificou a empresa e disse que se o serviço não for executado, ela será substituída, como já aconteceu com outras empresas terceirizadas em janeiro deste ano.
Para o secretário, abril foi um mês complicado para o estado, e que já era esperado essa dificuldade de repasse de recursos. Ele disse que esse mês recebeu R$ 180 milhões da Secretaria de Fazenda e assim conseguiu fazer o pagamento às empresas fornecedoras. Segundo ele, o secretário Júlio Bueno vai repassar mais R$ 50 milhões que irá garantir o pagamento até o final do mês das principais empresas prestadoras de serviço na área de saúde do estado.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/05/divida-total-do-estado-do-rio-de-janeiro-chega-r-24-bilhoes.html