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Governos Cabral e Pezão são responsáveis pela falência do Estado

Publicado em 3 de dezembro de 2015 por equipe

Estudantes da UERJ ocupam o campus da universidade no Rio

A falência do Estado do Rio de Janeiro não é fruto da crise econômica que o país atravessa. É evidente que ela piorou a situação, mas as contas do Estado já haviam entrado em colapso muito antes, devido à irresponsabilidade dos governos peemedebistas de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.

Entre 2006 e fevereiro de 2014, as dívidas cresceram 69%. Passaram de R$ 48 bilhões para R$ 81,4 bilhões. Os débitos aumentaram tanto que os governos Cabral/Pezão precisaram se endividar cada vez mais para pagar os compromissos anteriores. Entre 2007, quando Cabral assume, e fevereiro de 2014, o governo enviou à Assembleia Legislativa 47 pedidos de autorização para contratar empréstimos, o equivalente a R$ 25 bilhões. O dinheiro não serviu para melhorar a vida das pessoas e os serviços de saúde, transporte, educação, saneamento básico.

Este é o contexto da crise na UERJ, que acumula dívidas de R$ 113 milhões e já dava sinais de esgotamento muito antes da crise econômica. Ela é consequência de a Educação não ser prioridade para o PMDB do Rio. Entre 2011 a 2015, os cortes no orçamento da UERJ somaram R$ 1,75 bilhão. Por isso, o colapso da universidade.

Recentemente, Pezão anunciou que parcelará em duas vezes o pagamento dos salários dos servidores públicos ativos e inativos referentes a novembro. Ele também disse que não sabe se conseguirá pagar a segunda parcela do 13º salário. Enquanto isso, o governo encaminha ao BNDES pedido de financiamento de R$ 1,2 bilhão para as obras da Linha 4 do Metrô, que são um buraco sem fundo de recursos público. O valor inicial da obra dobrou. Passou de R$ 5 bilhões para R$ 10,3 bilhões. O consórcio responsável, o Rio Barra, é formado pela Queiroz Galvão, Odebrecht e Carioca Engenharia. As duas primeiras envolvidas nas denúncias da Lava-Jato.

Outra empresa envolvida com o governo do Rio e em escândalos de corrupção é a Andrade Gutierrez, que recentemente assumiu que pagou propina para realizar diversas obras, entre elas a reforma do Maracanã e o Comperj. Na negociação do acordo de delação na Lava-Jato, os executivos da empresa citaram Sérgio Cabral como um dos beneficiários do suborno.

Há anos movimentos sociais, em especial o Comitê Popular Rio Copa e Olímpiadas, denunciam as relações dos governos do PMDB do Rio com as empreiteiras envolvidas em escândalos. Marcelo Freixo pediu a abertura de CPI para investigar a privatização do Maracanã, mas a base do governo barrou a iniciativa.

A crise por que passa o Rio de Janeiro não é um fenômeno de 2015. Não é algo novo nem imprevisível. Ela vem sendo gestada ao longo dos nove anos da política econômica dos governos do PMDB. Agora, Pezão usa a desaceleração da economia como subterfúgio para tentar enconbrir a responsabilidade de seu grupo pelo problema.

http://www.marcelofreixo.com.br/2015/12/03/governos-cabral-e-pezao-sao-responsaveis-pela-falencia-do-estado/

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