Relembre os políticos brasileiros que já foram presos
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Relembre os políticos brasileiros que já foram presos


Relembre os políticos brasileiros que já foram presos



O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, é o primeiro governador no exercício do mandato alvo de um pedido de prisão no Brasil desde a redemocratização, em 1985. Antes, os casos de prisão de políticos se restringiam a prefeitos, parlamentares ou ex-governadores.

Um dos casos mais rumorosos foi o do ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf (PP). Alvo de denúncias  desde a década de 70, Maluf foi avisado da prisão em sua mansão na estância de Campos do Jordão (SP) e chegou à superintendência da Polícia Federal em São Paulo no início da madrugada do dia 10 de setembro de 2005, uma sexta-feira. Seu filho, Flávio Maluf, chegou na manhã seguinte, em um helicóptero da PF, algemado. Naquela madrugada, algumas pessoas chegaram a abrir garrafas de champanhe em frente à PF para comemorar a prisão.
Na véspera a juíza federal Sílvia Maria Rocha havia decretado a prisão preventiva de ambos por uma suposta tentativa de manipular o depoimento do doleiro Vivaldo Alves, suspeito de movimentar US$ 161 milhões do ex-prefeito nos EUA. Eles passaram mais de um mês na cadeia ao lado de traficantes internacionais e outros criminosos e só deixaram a carceragem da PF no dia 20 de outubro com um habeas-corpus do Supremo Tribunal Federal.
Outro ex-governador que foi parar atrás das grades é Jader Barbalho, hoje deputado pelo PMDB do Pará. Jader foi preso em Belém no dia 16 de fevereiro de 2002 e levado algemado para a superintendência da PF em Palmas (TO), onde passou exatas 16 horas preso antes de ser liberado pelo Tribunal Regional Federal. O motivo da prisão foi uma ordem da Justiça Federal de Tocantins, onde Jader era alvo de inquérito por desvio de verbas da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), entre elas a destinação de verbas públicas para o ranário de sua mulher, Márcia Centeno.
Em 2008, o ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, foi preso de pijama em sua casa em São Paulo por supostamente ter se beneficiado de um esquema de doleiros investigado pela operação Satiagraha. Pitta, que morreu em novembro do ano passado, foi flagrado em escutas telefônicas pedindo dinheiro ao mega-investidor Naji Nahas.
Em julho de 2000 o ex-senador Luiz Estevão passou uma noite na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Seria a primeira de uma série de prisões em um escândalo do qual José Roberto Arruda, então líder do PSDB no Senado, foi coadjuvante. No dia 13 de março de 2001 Estevão voltou a ser preso por suposta participação no esquema de desvio de verbas do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Ele ocupou uma cela no subsolo da delegacia da PF no bairro de Higienópolis, em São Paulo, ao lado do juiz Nicolau dos Santos Neto, também acusado de desvios no TRT. O mesmo calabouço foi ocupado por um mês pelo então dirigente sindical Luiz Inácio da Silva em 1980, ainda durante a ditadura militar, quando Lula e outros dirigentes sindicais foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, um dos principais instrumentos legais da repressão.
Estevão foi solto três dias depois. O escândalo do TRT levou Arruda a renunciar a seu mandato de senador em 2001. Ele era suspeito, junto com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, de violar o painel do Senado na votação sigilosa que levou à cassação de Estevão. Em 2006 o ex-senador voltou a passar algumas horas detido durante uma audiência no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Tanto Estevão quanto Maluf, Jader e Pitta foram alvos de prisões provisórias e não chegaram a cumprir pena por condenações na Justiça.

Ao contrário deles, o ex-coronel da Polícia Militar do Acre e ex-deputado federal pelo PFL Hildebrando Pascoal está na cadeia desde o dia 22 de setembro de 1999. Suas condenações somam mais de 100 anos. O caso de Hildebrando assombrou o país quando a CPI do Narcotráfico revelou sua participação direta em assassinatos, grupos de extermínio e narcotráfico no Acre. Entre outras, Hildebrando teria participado da morte de Agílson dos Santos, o Baiano, seu motorista. Antes de morrer Baiano foi submetido a uma sessão de tortura, teve os olhos perfurados e o pênis decepado. Depois de morto, seus braços e pernas foram cortados com uma motosserra. 



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