Entenda como funciona o processo eleitoral dos Estados Unidos
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Assim como os brasileiros, de quatro em quatro anos, os eleitores norte-americanos vão às urnas para eleger o presidente do país. A semelhança entre as eleições americanas e brasileiras, no entanto, termina por aí. Além de nos Estados Unidos, o voto n��o ser obrigatório, as eleições no país são indiretas.
Ou seja, enquanto no Brasil, a totalidade dos votos de cada cidadão somadas resulta no vencedor das eleições, nos Estados Unidos, o voto do eleitor não é dado diretamente ao candidato, mas sim a um delegado do Colégio Eleitoral. Ele é o responsável por representar os eleitores da sua unidade federativa na hora de escolher o futuro presidente.
Em 2016, de fevereiro a junho, os partidos Democrata (de ideologia liberal) e Republicano (mais conservador) realizaram prévias entre pré-candidatos em cada Estado americano. Ainda que o país conte com vários outros partidos políticos são apenas esses dois que têm reais chances de eleger o representante da nação.
Nas prévias, os eleitores de cada um dos Estados americanos e alguns territórios escolhem delegados partidários, que se comprometem a apoiar um determinado pré-candidato. Os delegados eleitos nesse pleito participam da convenção nacional de cada partido, evento em que o candidato presidenciável é oficialmente escolhido junto de seu vice.
As prévias acontecem por meio de primárias ou caucus (convenções partidárias), dependendo de cada partido e também da legislação de cada Estado. No caucus, a escolha dos delegados é realizada por meio de reuniões políticas, em que os eleitores debatem sobre seus candidatos, além de outros temas pertinentes para as eleições. No fim, são eleitos representantes dos distritos que, posteriormente, se reúnem para decidir os representantes do condado. E, em uma nova etapa, escolhem os delegados do Estado.
Nas primárias, o processo é mais simples: o pré-candidato que vencer ganha os delegados daquele Estado. Após as prévias, cada partido oficializa a nomeação de seu candidato na convenção nacional, que acontece no mês de julho. Nesse evento, os delegados selecionados votam no nome escolhido pelos eleitores de seus Estados.
Depois que o candidato democrata e o republicano são oficializados, eles iniciam as campanhas pelos Estados e se enfrentam em debates. Neste ano, a população votará para presidente no dia 8 de novembro.
Para vencer, o candidato precisa ter 270 dos 538 votos no Colégio Eleitoral. O candidato vencedor do voto popular em cada Estado recebe todos os votos do colégio eleitoral daquele Estado. Os votos a que um estado tem direito variam de acordo com o tamanho da sua população. Isso faz com que um candidato possa se tornar presidente mesmo sem ter a maioria nas urnas. Os únicos Estados que dividem os representantes do Colégio Eleitoral na proporção de votos que cada candidato obteve são Maine e Nebraska.
Se nenhum candidato alcançar o número de votos necessários no Colégio Eleitoral para ser eleito, a Câmara de Representantes decide quem será o novo líder dos EUA. A posse presidencial está marcada para o dia 20 de janeiro de 2017.
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