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Numa ação que teve o aval do presidente interino Michel Temer, o governo do Rio decretou nesta sexta-feira (17) estado de calamidade pública em razão da crise econômica por que passa o Estado.
A decretação foi a saída proposta pelo Rio para contornar a proibição de contrair novos empréstimos.
Os repasses estavam bloqueados por lei desde maio, quando o Estado anunciou um calote na Agência Francesa de Desenvolvimento.
Com a medida, receberá ajuda federal que lhe permitirá concluir obras e serviços ligados aos Jogos Olímpicos.
RIO DECRETA CALAMIDADE PÚBLICA |
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"Esse decreto tem o objetivo de chamar a atenção de toda a sociedade do Rio para o estado de calamidade pública em que vivemos, abrindo caminho para que possamos tomar medidas muito duras no campo financeiro", disse o governador interino, Francisco Dornelles (PP), sem detalhar essas ações a tomar.
Os termos do decreto foram negociados em jantar entre Dornelles e Temer no Palácio do Jaburu, em Brasília, na noite de quinta (16).
Segundo Dornelles, ele pediu tropas federais para a época das eleições. "Pedimos também ajuda para a finalização do metrô e para todas as áreas de mobilidade".
O socorro federal é estimado em R$ 2,9 bilhões (leia texto ao lado) e deve ser destinado à conclusão da linha 4 do metrô e aos gastos extras com segurança nos Jogos.