Nesta última sexta-feira, 21 de março, celebrou-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. A Campanha pretende mostrar que portadores podem levar uma vida feliz e produtiva
Uma mulher envia um e-mail para uma associação de pessoas com deficiência. Ela vai ter um bebê com Síndrome de Down e confessa: está com medo. “Que vida terá meu filho?”, pergunta a futura mamãe. A maneira que a associação encontrou de responder a essa e a tantas outras mães que passam pela mesma angústia – receber um diagnóstico sem saber exatamente o que ele significa – foi o vídeo abaixo.
Com depoimentos de 15 portadores de Síndrome de Down de vários países, o vídeo foi produzido pela agência Saatchi & Saatchi para a associação italiana CoorDown. “Às vezes será muito difícil. Quase impossível. Mas qual mãe não passa por situações assim?”, perguntam os participantes do filme.
Ao longo dos 2 minutos e 30 segundos, é possível entender que uma pessoa com o ‘cromossomo 21 extra’ pode fazer muitas coisas: abraçar; dizer ‘eu te amo’; ir à escola como todas as crianças; escrever uma mensagem quando estiver viajando – porque sim, eles podem viajar; poderá também trabalhar, ganhar seu dinheiro e até morar sozinho no próprio apartamento.
Premiada internacionalmente e com o conceito “todas as pessoas têm o direito de serem felizes”, a campanha lembrou nesta última sexta-feira, 21 de março, celebrando o Dia Internacional da Síndrome de Down.
No Brasil, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) também realiza ações para esclarecer, incentivar a inclusão e promover a cidadania de pessoas com deficiência intelectual.
Momento da notícia
A situação retratada na campanha italiana é tão comum que motivou até a criação de um programa especial na unidade da Apae – o Momento da Notícia. A iniciativa consiste em atendimento imediato, com orientações para os pais sobre o diagnóstico e os potenciais que a criança com Deficiência Intelectual pode desenvolver.
O programa é realizado por outros pais, de forma voluntária, além de psicólogos. Uma pesquisa realizada com novos integrantes do grupo mostrou que:
-83% identificaram que a vivência com outros pais pode contribuir para sua própria vivência;
- 75% dos pais entrevistados indicam que a participação nos grupos ajuda a lidar com a questão da notícia/diagnóstico.
Os dados indicam que a preocupação da família quando recebe a notícia pode ser amenizada pela troca de experiências com aqueles que já conhecem o dia a dia das pessoas com a Síndrome. E elas não são poucas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), há 300 mil brasileiros vivendo com essa deficiência.
O Conselho Nacional de Saúde recomenda que, pelo menos até a fase de alfabetização, essas crianças devem ter uma educação como a de qualquer outra. E, no vídeo abaixo, jovens e adultos com a Síndrome também fazem questão de explicar como serão os próximos anos de quem está diante dessa realidade.
Para saber onde encontrar a Apae mais próxima, visite o site: www.apaebrasil.org.br
Um mal milenar que assola a humanidade individualista, emburrecida e medíocre.
Raras vezes a publicidade fez tanto por uma causa nobre. Pois foi a publicidade italiana, acusada por inúmeros publicitários brasileiros de ser carente de criatividade, quem respondeu à altura.
“Querida futura mamãe, seu filho poderá ser feliz, como eu sou. E você também será feliz. Não é verdade, mamãe?”, indagam os participantes. A pergunta é seguida por uma sequência de abraços afetuosos e emocionantes.
Créditos :
Richard Jakubaszko
Saúde Plena
Canal Youtube - CoorDown