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Em oito delas, os novos prefeitos já foram definidos e na briga pelas prefeituras o Partido dos Trabalhadores (PT) enfraquece sua participação, praticamente saiu do mapa, mostrando que a crise que atingiu a legenda no âmbito federal teve repercussões nas eleições municipais. Para o partido, o resultado pode ser o pior desde 1996.
Nas eleições de ontem, o PT fez apenas uma das oito prefeituras definidas no primeiro turno, com a reeleição de Marcus Alexandre, em Rio Branco, no Acre.
O partido também disputa o segundo turno no Recife, onde Geraldo Julio (PSB) enfrenta João Paulo (PT) no fim do mês.
Em 2004, o PT elegeu nove prefeitos de capitais brasileiras, número que caiu para cinco em 2008, quatro em 2012, e poderá se reduzir a duas prefeituras em 2016, o mesmo resultado de 1996.
A perda de prefeituras nas cidades mais representativas do país reflete um momento de crise e denúncias de corrupção. Nas eleições de ontem, o PT poderia ir para o segundo turno em quatro capitais, resultado que se concretizou apenas em Recife. Em São Paulo, a derrota foi para João Doria (PSDB), em Porto Alegre, Raul Pont (PT) não seguiu para o segundo turno; e em Fortaleza, a petista Luizianne Lins também não partiu para a segunda fase da disputa.
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“Não quero nacionalizar a campanha, mas não vou negar que a vitória contribui para o PSDB nacionalmente. A capital do país é a cidade mais importante. É uma reafirmação do PSDB em território do PT. O berço do PT é aqui”, chegou a dizer João Doria na véspera da votação, quando as pesquisas já indicavam sua larga vantagem em relação aos adversários. Além de São Paulo, cidade mais industrializada do país, o partido também perdeu a prefeitura de São Bernardo do Campo, em São Paulo, berço do partido e reduto do ex-presidente Lula.
Desempenho ruim
O Nordeste também é um tradicional reduto petista, mas a figura de Lula não ajudou. Entre as nove capitais, o PT só vai para o segundo turno no Recife. João Paulo (PT) recebeu 23,76% dos votos dos pernambucanos.
No primeiro turno o PSDB fez duas prefeituras, os demais partidos, PT, PSB, DEM, PSD, PDT e PMDB elegeram um prefeito cada. Já no segundo turno o PSDB segue na liderança, disputando oito prefeituras. O PMDB concorre em seis estados, o PSD e PMN em dois, e os demais partidos disputam uma prefeitura: PT, PDT, PHS, PP, PPS, SD, PSOL, PSB, REDE, PR, PTB, PSB, PRB e PSOL.Entre as capitais que não terão segundo turno, além de São Paulo e Acre, estão Palmas, no Tocantins, com Paulo Amastha (PSB), e Salvador, com ACM Neto (DEM). No Piauí, a Prefeitura de Teresina ficou com Firmino Filho (PSDB); em João Pessoa venceu Luciano Cartaxo (PSD), em Natal, foi eleito Carlos Eduardo (PDT), e, em Boa Vista, Teresa Surita (PMDB).
Em Aracaju, disputam o segundo turno Edvaldo Nogueira (PCdoB) e Valadares Filho (PSB). Em Belo Horizonte, estão no segundo turno João Leite (PSDB) e Kalil (PHS); em Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) enfrenta Rose Modesto (PSDB); em Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB) e Wilson Santos (PSDB) estão na disputa, e em Curitiba, a briga pela prefeitura será entre Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD).
No Sul do país, em Florianópolis, se enfrentam no segundo turno Gean Loureiro (PMDB) e Angela Amin (PP). Em Belém. Zenaldo Coutinho (PSDB) e Edmilson (PSOL) continuam na disputa. Em Goiânia, Iris Rezende (PMDB) e Vanderlan (PSB) seguem tentando conquistar os eleitores. E no Macapá, a briga é entre Clécio (Rede) e Gilvam Borges (PMDB).
Em Maceió, a disputa é entre Rui Palmeira (PSDB) e Cícero Almeida (PMDB). Em Manaus, vão se enfrentar Artur Neto (PSDB) e Marcelo Ramos (PR). Em Porto Alegre, o segundo turno vai contar com Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB); em Porto Velho, com Dr. Hildon (PSDB) e Leo Moraes (PTB). No Recife, vão se enfrentar Geraldo Julio (PSB) e João Paulo (PT). No Rio de Janeiro, o segundo turno é entre Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL); em São Luís, entre Edivaldo Holanda Jr. (PDT) e Eduardo Braide (PMN) e em Vitória, Luciano (PPS) enfrenta Amaro Neto (SD).