O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse recentemente que sem uma reforma da Previdência Social “não vai haver mais a garantia do recebimento da aposentadoria”. Já que o déficit do setor em 2015 foi de R$ 86 bilhões e a expectativa é de que chegue a R$ 200 bilhões até 2017.
“Os gastos representam 42% das despesas públicas e com o envelhecimento da população chegará a 60% daqui a alguns anos, ficando, portanto, insustentável, face à carga tributária e o endividamento já elevados”, diz Ulisses Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo e professor da Fundação Getúlio Vargas.
Apesar da taxa de fecundidade do país ter caído de 6,16 filhos por mulher para 1,57 filhos em pouco mais de sete décadas, a expectativa de vida da população subiu de 33,7 anos em 1900 para 75,4 anos em 2014, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para Gamboa, um primeiro passo seria aumentar a idade mínima de aposentadoria e colocar um teto nas aposentadorias públicas, principalmente, nas dos poderes Legislativo e Judiciário.
O economista Paulo Sandroni, concorda. “Embora seja uma injustiça a mais com o trabalhador, não tem jeito. Os cálculos feitos entre 1960 e 1970 eram de que os aposentados receberiam o benefício por cerca de 10 anos e esta expectativa triplicou”.
Sandroni também aponta a elevação da taxa de desemprego como outro fator importante que contribui com a crise, pois o número de contribuições já não é mais compatível com o de beneficiários.
A taxa de desocupação no Brasil subiu para 11,6% no trimestre encerrado em julho, contra 8,60% no mesmo período do ano passado, elevando o número de desempregados para 11,8 milhões, o maior já registrado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE.
Além disso, para Sandroni, existem outros motivos que devem ser considerados como a “incorporação dos trabalhadores rurais, que apesar de justa, não contribuíram formalmente com a previdência, a aposentadoria por invalidez de pessoas que ainda estariam aptas a trabalhar e até mesmo o lançamento de medicamentos para impotência masculina, que permitiram prolongar a atividade sexual do homem, fazendo com que se casassem mais vezes e transferissem o benefício para viúvas mais jovens”, conclui.
Então, “o melhor é pensar em alguma forma de poupança privada para custear sua aposentadoria. De uma maneira ou de outra, os benefícios previdenciários tenderão a diminuir com o tempo, e não há relação entre contribuição e benefício no sistema público”, aconselha Gamboa.
De: Daiane Brito
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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