O Ideb é calculado a cada dois anos; as notas do índice são em uma escala de zero a dez; a média dos países desenvolvidos é 6
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O Ideb é calculado a cada dois anos; as notas do índice são em uma escala de zero a dez; a média dos países desenvolvidos é 6


O Ideb é calculado a cada dois anos; as notas do índice são em uma escala de zero a dez; a média dos países desenvolvidos é 6

José Luis da Conceição/Divulgação SEE
Depois de crescer 0,3 ponto de 2009 para 2011, São Paulo perde 0,2 ponto no IDEB 2013
Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2013, divulgados nesta sexta-feira (5), em Brasília, pelo Ministério da Educação (MEC), revelam que houve piora na qualidade do ensino médio estadual ofertado em 16 unidades federativas. Além disso, o País não conseguiu alcançar a meta proposta para essa etapa do ensino oferecida pela rede pública. 
O Ideb é considerado o principal indicador educacional do Brasil. O índice é calculado a cada dois anos e as notas são contabilizadas em uma escala de zero a dez.
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Dez Estados aumentaram suas notas no Ideb 2013 em relação à edição anterior: Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rondônia, Espírito Santo, Acre, Distrito Federal, Piauí, Paraíba. Alagoas manteve o mesmo índice: 2,6, o pior do País.
Goiás obteve a melhor nota em 2013. São Paulo, mesmo ficando com a segunda colocação, caiu 0,2 ponto em relação ao Ideb 2011. 
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O Estado que mais evoluiu nesta edição foi Pernambuco, que cresceu 0,5. Confira os dados completos:
Falta de prioridade
O quadro retratado pelos números do Ideb é reflexo da "falta de prioridade" da Educação no País, afirma Heleno Araújo Filho, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Cnte).
"Precisamos colocar como prioridade a execução da política educacional no Brasil. Temos que melhorar a infraestrutura das escolas que estão em péssimas condições. Além disso, precisamos motivar mais os professores. Muitos deles são temporários, e não têm sequer direito a cursos de formação continuada” .
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Segundo Araújo Filho, no entanto, o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado neste ano, pode vir a contribuir para a melhoria do atual cenário. "Mas para cumprir as metas estabelecidas será preciso, primeiro, que os Estados e municípios estabeleçam seus próprios planos. E que cada ente da federação tenha um bom diagnóstico local e elabore metas para a melhoria da educação no País", fala o dirigente da Cnte.
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Além dessas questões crônicas (problemas de infraestrutura e qualificação do corpo docente), a falta de um currículo comum nacional também tem um impacto negativo no quadro educacional brasileiro, afirma a consultora educacional Ilona Becskeházy.
"O Brasil precisa ter um currículo detalhado para cada uma da séries. É preciso focar mais no que o aluno deve aprender e não apenas no que o professor vai ensinar. O currículo comum nacional [atualmente em discussão no MEC] será um componente que, juntamente com mais recursos na área e melhor formação docente, terá impacto no nível educacional do País", diz Ilona.
O excesso de disciplinas na grade escolar do ensino médio e o interesse de parte do jovens pelo ingresso precoce no mercado de trabalho também são alguns dos aspectos que impactam a qualidade do ensino médio no País, tendo em vista que é nessa etapa que ocorrem as maiores taxas de evasão.
“Precisamos ampliar a flexibilidade do currículo. No ensino médio, temos uma situação em que os educadores sabem que é necessário rever essa etapa", afirma o ministro da Educação, Henrique Paim.
Agência Brasil
Divulgação do Ideb 2013 foi feita em Brasília e contou com o ministro da Educação, Henrique Paim, e secretários do MEC, além do presidente do INEP, que é responsável pelos exames
E as escolas?
Feita a divulgação do Ideb, muitas escolas têm, a partir de agora, o desafio de buscar se apropriar dos dados em proveito próprio. Para isso, é "fundamental", a comunidade escolar se "debruçar" diante do significado dos números e propor melhorias em suas práticas didáticas, afirma o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), José Fernandes de Lima.
"A primeira coisa que o gestor deve propor é uma reunião com os professores e a comunidade escolar para fazer um debate sobre os números. As escolas precisam ir além da média. O resultado do Ideb é apenas uma fotografia. A análise do quadro diagnosticado pela avaliação é que faz a diferença", diz Lima.
A "devolutiva" dos resultados, por meio dos boletins de desempenho, deveria ser "melhor aproveitada" pelas escolas, diz Silvia Colello, da USP. "[o resultado do Ideb] É um dado importante que a escola precisa compreender. Os Estados e municípios deveriam tomar esse feedback como algo importante para definição de rumos. Os dados não podem ficar no âmbito da mera comparação", fala Silvia.
No entanto, para que a utilização das notas do Ideb seja efetiva, o MEC em conjunto com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) - responsável pelo índice - deve aprimorar o boletim de desempenho do indicador repassado às escolas, diz Ocirmar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da USP, e especialista em avaliação.
"O boletim precisa ser repensado. A ideia é que os resultados da Prova Brasil [avaliação que compõe o Ideb] sejam incorporados pelas escolas", fala Alavarse.
Hoje, muitas escolas não conseguem transformar a nota em melhoria da prática pedagógica. Assim, o principal caminho para tornar o boletim mais produtivo seria  "torná-lo mais legível". Ou seja, as informações que são agrupadas de acordo com a pontuação das escolas no Ideb deveriam ser apresentadas de forma mais didática às unidades de ensino.
"Já está sendo feito um trabalho por parte do MEC para transformar o boletim, de forma que a sua apropriação se torne mais fácil pelos gestores", explica Lima, do CNE.
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IDEB
Criado em 2005, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mede a evolução da qualidade do ensino brasileiro a partir de avaliações realizadas em escolas e nas redes de ensino de todo o País.
O Ideb é calculado a partir do desempenho dos alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental em português e matemática e em taxas de aprovação compiladas pelo Censo Escolar.
Divulgado a cada dois anos, o índice também avalia estudantes do 3º ano do ensino médio. Além das escolas públicas, as instituição privadas participam do Ideb de forma amostral.
Estados
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informa que "o Estado avançou nas duas fases do ensino fundamental (ciclo 1 e ciclo 2). No ensino médio, São Paulo manteve-se como a segunda melhor rede (0,1 ponto atrás de Goiás)".
A SEE ainda diz que "no ensino médio a distorção idade-série (alunos na série adequada) é 33%, índice entre os melhores nacionais".
Minas Gerais, que também baixou a nota, ainda ficou entre os sete Estados mais bem posicionados do País



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