FOTO: José Marques/Folhapress
Como em março, as manifestações foram marcadas mais cedo em outras capitais do que em São Paulo. É nesta capital, com ato marcado as duas da tarde, que o sucesso ou fracasso vai ser definido, mas pelo quadro em todo o país, se desenha um ato muito menor em comparação com março.
Mesmo no momento em que a aprovação do governo Dilma atinge seu ponto mais baixo, as manifestações convocadas pela direita parecem perder força. Isso mostra que a direita não consegue capitalizar essa enorme insatisfação.
Em março, toda a grande imprensa convocou as manifestações para canalizar a insatisfação e isso explica em grande medida as proporções que elas tomaram. Hoje o cenário é diferente. Os empresários pedem estabilidade, Renan Calheiros através do Senado aponta com um pacote de ajustes mais profundo e tenta isolar as vozes oposicionistas dentro do PMDB.
A grande mídia se soma a esse movimento em prol da estabilidade e, ao contrário de março, não está convocando ofensivamente as manifestações de hoje. Talvez com exceção de rádios como a Joven Pan, que passaram a semana “informando” sobre estes atos do dia 16.
Sem o forte apoio da grande mídia, o ato de hoje em São Paulo será um grande teste para estes grupos da direita, Revoltados OnLine, Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua. Terão mesmo um grande poder de mobilização via redes sociais, ou dependem do apoio da grande mídia para encher os seus atos? Tudo indica que hoje a segunda hipótese vai se comprovar.