EDUCAÇÃO LIBERTADORA
“Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas sobre tudo com eles lutam”
Paulo Freire
As reflexões de Paulo Freire sobre a educação visam a criação de uma pedagogia crítica-educativa. “Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que está pedagogia se fará e refará” ( FREIRE,1968, 34)
A educação, a luz das reflexões de Freire, teria o caráter libertador e não domesticador, como o modelo tradicional da educação. Seria uma práxis educativa capaz de libertar o homem de toda situação de opressão, ao qual se encontra sujeitado, através da libertação de sua consciência, tornando-o um sujeito critico e reflexivo capaz de transformar sua realidade e inserir-se na sociedade de forma efetiva.
A educação libertadora proposta por Paulo Freire, por sua face crítica e educativa, pode servir de importante instrumento de emancipação do homem diante da opressão, pois, ela demonstra sua preocupação diante da realidade vivida pelo educando, propondo intervenção prática no ambiente cotidiano escolar, de forma dinâmica, transformadora, considerando, a todo instante, a realidade concreta, singular e peculiar de cada educando.
O foco central da educação libertadora de Freire é o combate acirrado à dominação e opressão dos “desprivilegiados”. Esses podem ser entendidos como os “marginalizados” da sociedade capitalista.
Freire acreditava na possibilidade de mudança, do ser humano, enquanto sujeitos inacabados e na conscientização destes sobre sua situação de exploração e dominação diante dos seguimentos mais altos da sociedade.
A alfabetização, no método Paulo Freire, visa o processo de tomada de consciência critica do sujeito, lhe permitindo a organização reflexiva de seu pensamento critica, procurando resgatar sua dignidade que fora exaurida pelo longo processo de exclusão socialque sofrerá durante toda formação da sociedade.
Dentro desta perspectiva de construir uma educação libertadora, Freire enfatiza que é preciso que se compreenda a educação como um processo de formação humana.
Desta forma Freire (2000), afirma que ensinar não é somente transmitir conhecimento e sim, proporcionar que o aluno aprende de dentro para fora.
“Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas sobre tudo com eles lutam”
Paulo Freire
As reflexões de Paulo Freire sobre a educação visam a criação de uma pedagogia crítica-educativa. “Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que está pedagogia se fará e refará” ( FREIRE,1968, 34)
A educação, a luz das reflexões de Freire, teria o caráter libertador e não domesticador, como o modelo tradicional da educação. Seria uma práxis educativa capaz de libertar o homem de toda situação de opressão, ao qual se encontra sujeitado, através da libertação de sua consciência, tornando-o um sujeito critico e reflexivo capaz de transformar sua realidade e inserir-se na sociedade de forma efetiva.
A educação libertadora proposta por Paulo Freire, por sua face crítica e educativa, pode servir de importante instrumento de emancipação do homem diante da opressão, pois, ela demonstra sua preocupação diante da realidade vivida pelo educando, propondo intervenção prática no ambiente cotidiano escolar, de forma dinâmica, transformadora, considerando, a todo instante, a realidade concreta, singular e peculiar de cada educando.
O foco central da educação libertadora de Freire é o combate acirrado à dominação e opressão dos “desprivilegiados”. Esses podem ser entendidos como os “marginalizados” da sociedade capitalista.
Freire acreditava na possibilidade de mudança, do ser humano, enquanto sujeitos inacabados e na conscientização destes sobre sua situação de exploração e dominação diante dos seguimentos mais altos da sociedade.
A alfabetização, no método Paulo Freire, visa o processo de tomada de consciência critica do sujeito, lhe permitindo a organização reflexiva de seu pensamento critica, procurando resgatar sua dignidade que fora exaurida pelo longo processo de exclusão socialque sofrerá durante toda formação da sociedade.
Dentro desta perspectiva de construir uma educação libertadora, Freire enfatiza que é preciso que se compreenda a educação como um processo de formação humana.
Desta forma Freire (2000), afirma que ensinar não é somente transmitir conhecimento e sim, proporcionar que o aluno aprende de dentro para fora.
Postado por Pedagogia UFMGàs 16:57Nenhum comentário:
domingo, 29 de novembro de 2009
O papel do educador
O papel do educador segundo Paulo Freire é ser de problematizador, para isso o educador deve construir uma relação em que educador é também educando através de um processo de humanização de si com o outro (educando). O educador deve crer firmemente nos homens e em seu poder criador, proporcionado, pois o diálogo a partir da realidade vivida pelo educando, não pretendendo transformar a realidade para o educando e sim com eles, buscando a investigação dos temas geradores, por meio da conscientização.
Postado por Pedagogia UFMGàs 15:48Nenhum comentário:
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Quem é Paulo Freire
Paulo Freire ficou mundialmente conhecido na década de 60, após desenvolver uma proposta revolucionária de alfabetização, que visava o processo de tomada de consciência, que fosse diretamente ligada à democratização da cultura e não uma alfabetização mecânica que impossibilitava o ser humano de ser mais
Freire publicou várias obras que ficaram conhecidas internacionalmente, entre as quais destacamos: Pedagogia do Oprimido, Educação libertadora, Educação como pratica da liberdade e A importância do ato de ler.
Embora suas reflexões e práticas no âmbito da educação tenham sido alvo de diversas críticas, é inegável sua grande contribuição na transformação no sistema educacional.
Suas primeiras experiências no campo educacional foram realizadas em 1962 no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias. Foi militante e participou do MCP (Movimento de Cultura Popular) do Recife.
Em 1964, em meio a conflitos e empasses violentos pelo qual a nossa sociedade passava, Freire foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Freire (1965) afirmava que, este esforço em busca de um projeto educativo não havia nascido do acaso, era uma tentativa de resposta aos desafios contidos nesta passagem na qual se via a sociedade.
Logo após o golpe militar o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.
Paulo Freire foi preso, acusado de atividades subversivas, e viu-se obrigado a deixar o país exilando-se no Chile por 14 anos.
Ao retornar do exílio, Paulo Freire, continuou suas atividades de escritor e debatedor. Trabalhou em universidades e na Prefeitura de São Paulo, como Secretario Municipal de Educação no governo Luisa Erundina.
Paulo Freire veio a falecer no ano 1997 aos 76 anos de idade na cidade de São Paulo, vitima de infarto.
Freire publicou várias obras que ficaram conhecidas internacionalmente, entre as quais destacamos: Pedagogia do Oprimido, Educação libertadora, Educação como pratica da liberdade e A importância do ato de ler.
Embora suas reflexões e práticas no âmbito da educação tenham sido alvo de diversas críticas, é inegável sua grande contribuição na transformação no sistema educacional.
Suas primeiras experiências no campo educacional foram realizadas em 1962 no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias. Foi militante e participou do MCP (Movimento de Cultura Popular) do Recife.
Em 1964, em meio a conflitos e empasses violentos pelo qual a nossa sociedade passava, Freire foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Freire (1965) afirmava que, este esforço em busca de um projeto educativo não havia nascido do acaso, era uma tentativa de resposta aos desafios contidos nesta passagem na qual se via a sociedade.
Logo após o golpe militar o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.
Paulo Freire foi preso, acusado de atividades subversivas, e viu-se obrigado a deixar o país exilando-se no Chile por 14 anos.
Ao retornar do exílio, Paulo Freire, continuou suas atividades de escritor e debatedor. Trabalhou em universidades e na Prefeitura de São Paulo, como Secretario Municipal de Educação no governo Luisa Erundina.
Paulo Freire veio a falecer no ano 1997 aos 76 anos de idade na cidade de São Paulo, vitima de infarto.
Contextualização da Educação como pática libertadora
Paulo Freire foi um intelectual, militante, político sempre confiava no povo. Praticava os conhecimentos que valorizava o homem, transformando valores, os educadores eram formados com a sabedoria popular.Nos anos 60, ficou mundialmente conhecido depois de desenvolver uma proposta revolucionária de alfabetização através da linguagem escrita a partir da realidade vivencial o educando, para transformar e compreender o mundo.
O trabalho de Freire sobre Educação como Prática da Liberdade teve experiências no Movimento de Cultura Popular do Recife, que levou ao amadurecimento de iniciar relações com proletários e subploretários como educador.No Círculo de Cultura eram feitos debates em grupo em busca de aclaramento das situações.Debatiam problemas como o “Nacionalismo”, “Remessa de lucros para o estrangeiro”, “Evolução política do Brasil”, “Desenvolvimento”, “Analfabetismo”, “Voto do Analfabeto”, “Democracia”. Os resultados eram surpreendentes. Não queria uma alfabetização mecânica, mas sim uma alfabetização em posição de tomada de consciência, que fosse diretamente ligada à democratização da cultura. Durante o regime militar, Paulo Freire foi preso, acusado de atividades subversivas, e viu-se obrigado a deixar o país. A ação da ditadura militar vai atingir em cheio a educação de Adultos, cindindo-a em dois caminhos quase totalmente paralelos e quase sempre postos: por um lado cria-se uma estrutura para a Educação de Adultos fortemente controlado pelo governo militar e seus aliados nos estados e municípios e, por outro lado, um movimento semi-clandestino, identificado com a Educação Popular como a entendemos hoje. Contudo, ainda assim faltava o estímulo com que Freire poderia evocar o interesse pelas palavras e sílabas em pessoas analfabetas. Foi a partir do desenvolvimento desse projeto que se começou a falar de um sistema de técnicas educacionais, o "Sistema Paulo Freire", que podia ser aplicado em todos os graus da educação formal e da não-formal.
O texto abaixo faz uma reflexão acerca da contextualização histórica da educação de jovens e adultos no período entre 1964-1984.
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Educação como prática da liberdade
A educação, a luz das reflexões de Paulo Freire, assume um caráter libertador. Na visão de Freire a verdadeira educação é diretiva e está ligada ao processo de superação da compreensão resultante da captação ingênua e mágica da realidade, através da tomada critica da realidade fazendo com que o sujeito se liberte da dominação de sua consciência.
Freire propõe um modelo de educação transformador que permita ao homem, a organização reflexiva de seu pensamento, em um processo de conscientização e reconhecimento de si próprio como sujeito histórico e politizado, face à análise critica da sociedade, uma educação que esteja disposta a considerar o ser humano como sujeito de sua própria aprendizagem e não como um objeto sem saber, onde sua vivência, sua realidade e seu modo ver o mundo, sejam considerados, tornando esta aprendizagem realmente autêntica para ele. Freire afirmava que o processo de educação não se completa na etapa de desvelamento de uma realidade, mas só com a prática da transformação dessa realidade.
A pedagogia de Paulo Freire propõe um ensino baseado no diálogo, na liberdade e no exercício de busca do conhecimento, de forma participativa e transformadora, em uma relação horizontal e de simpatia entre educando e educador, enfatizando a necessidade do processo “reflexão-ação”, e assim possibilitando o rompimento com o modelo de educação verticalizada, ou seja onde o professor e o portador do saber e o aluno um simples objeto de deposito de um saber já elaborado, e a imposição “opressora” dos dominantes.
A pedagogia Freriana considera o valor do “saber popular” vê como uma possibilidade de transformação da realidade destes sujeitos.
E é nesta perspectiva de emancipação do sujeito, que Freire (1991) afirma que a educação deve ser usada como prática de liberdade, porque segundo Freire, ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em comunhão.
Freire propõe um modelo de educação transformador que permita ao homem, a organização reflexiva de seu pensamento, em um processo de conscientização e reconhecimento de si próprio como sujeito histórico e politizado, face à análise critica da sociedade, uma educação que esteja disposta a considerar o ser humano como sujeito de sua própria aprendizagem e não como um objeto sem saber, onde sua vivência, sua realidade e seu modo ver o mundo, sejam considerados, tornando esta aprendizagem realmente autêntica para ele. Freire afirmava que o processo de educação não se completa na etapa de desvelamento de uma realidade, mas só com a prática da transformação dessa realidade.
A pedagogia de Paulo Freire propõe um ensino baseado no diálogo, na liberdade e no exercício de busca do conhecimento, de forma participativa e transformadora, em uma relação horizontal e de simpatia entre educando e educador, enfatizando a necessidade do processo “reflexão-ação”, e assim possibilitando o rompimento com o modelo de educação verticalizada, ou seja onde o professor e o portador do saber e o aluno um simples objeto de deposito de um saber já elaborado, e a imposição “opressora” dos dominantes.
A pedagogia Freriana considera o valor do “saber popular” vê como uma possibilidade de transformação da realidade destes sujeitos.
E é nesta perspectiva de emancipação do sujeito, que Freire (1991) afirma que a educação deve ser usada como prática de liberdade, porque segundo Freire, ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em comunhão.
Pedagogia do Oprimido:
A Pedagogia do oprimido surgiu no contexto da ditadura no Brasil, e exílio de Paulo Freire, bem como a luta opressores X oprimidos em âmbito brasileiro e mundial. Possui ênfase na classe social, assim é necessária a conscientização para a libertação, mas a conscientização deve vir acompanhada da práxis libertadora. Tem opção pelo povo e por um mundo sem opressão, tendo os sectarismos de direita e de esquerda e o medo da liberdade como obstáculos à verdadeira conscientização, sendo, portanto formas de manipulação das consciências. Possui opção pelo povo e por um mundo sem opressão.
Método Paulo Freire
Desenvolvida pelo educador Paulo Freire, o Método Paulo Freire é uma proposta para a alfabetização de adultos, que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta principal da didática para o ensino da leitura e da escrita. Isto por que, as cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.Desta forma, a alfabetização acontecia de forma mecânica.
Método Paulo Freire
Referência Bibliográfica:
FREIRE, Paulo. Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1980
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 2005
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 2005