Aprendizado
Dicas Para Ensinar Matemática Nas Séries Iniciais
Dicas Para Ensinar Matemática Nas Séries Iniciais
Dificuldades Na Aprendizagem De Matemática (Séries Iniciais)
Um dos grandes problemas encontrado nas salas de aulas pelos professores é a falta de interesse de alguns alunos. Se você observar com atenção perceberá nitidamente o motivo/causa desta problemática, e suas consequências, tornando-se mais fácil encontrar a solução.
Está cientificamente comprovado (Piaget), que o ser humano passa por etapas de desenvolvimento cognitivo. Este pode ser um forte motivo para que um aluno demonstre dificuldades para aprender. Uns se desenvolvem mais rápido, outros com lentidão. Por isso, há a necessidade de associar os conteúdos com a realidade da turma. Esse processo agiliza o desenvolvimento cognitivo e as habilidades natas do ser humano.
A falta de interação em momentos anteriores no processo ensino/aprendizagem, como por exemplo, aulas anteriores ou pré-escola, (só para citar exemplos), também pode ocasionar um atraso no desenvolvimento cognitivo.
Este dado foi comprovado cientificamente por Vygotsky. Segundo este autor, as crianças aprendem mais rápido quando interagem entre si e com o meio. A interação do ser com o ser e do ser com o meio é fundamental para que o aluno desperte, consideravelmente, seus aspectos cognitivos.
Expostos os motivos para a dificuldade de aprendizagem, observaremos agora, algumas de suas consequências. E, a principio, a falta de interesse em fazer as atividades é, de longe, um dos grandes fatores ocasionados pela dificuldade de aprendizagem na Matemática. Fato este que martiriza qualquer professor.
E uma agravante é que a falta de interesse nunca vem sozinha. Geralmente ela desperta vários tipos de emoções, que entre tantas, é possível citar: a agressão física e/ou verbal, as brincadeiras inadequadas, a apatia, a intolerância, a falta de respeito, o cinismo, a timidez, e, assim se abre um leque de situações.
Então, chegamos à veneral pergunta: como sanar este problema?
Algumas observações e intervenções na própria prática docente poderá ser o caminho indicado. Assim dizendo, tente por em prática as dicas abaixo:
* faça uma diagnose com o aluno que está apresentando os sintomas descritos acima, e tente descobrir em que nível de aprendizagem este se encontra. Se a aprendizagem estiver nivelada com as dos demais alunos, então os sintomas não se referem a dificuldade de aprendizagem. (Devem-se a outros motivos que em, outro momento, poderemos falar sobre eles);
* feita a diagnose e comprovado que o nível de aprendizagem do aluno em questão, não é condizente com o nível da turma (idade, série, conhecimento) então é chegada a hora de partir para a ação;
*mude a metodologia das aulas, proporcionando dinamismo e interação relacional e oferecendo feedback de aulas passadas;
*promova atividades em grupos pequenos, mas dê sempre preferência para as atividades em duplas. Assim, o aluno que está com dificuldade terá maior possibilidade para aprender com o colega que já entendeu o conteúdo.
*veja que as crianças aprendem mais rápido umas com as outras, porque utilizam jeito e linguajar apropriados para a fase em que se encontram. As crianças tem um jeito especial de se entenderem, e aprenderem na interação (Vygotsky);
*utilize demonstrações concretas em suas aulas. O dado concreto tem poder para elevar a capacidade de abstração (Piaget);
*utilize o conhecimento de mundo do aluno, buscando na realidade cotidiana deste, os parâmetros para embasar suas aulas. Partindo-se do que o aluno já conhece torna-se mais fácil para que este faça a relação mental. Isto é, que passe da zona de desenvolvimento proximal para a zona de desenvolvimento real (Vygotsky);
*essa relação mental entre conceitos (currículo x cotidiano) também foi amplamente difundida pelo grande mestre Paulo Freire;
*use e abuse da ludicidade em suas aulas. O intercâmbio entre ludicidade e conteúdo curricular proporcionam aulas maravilhosas e atrativas;
*lembre-se que a ludicidade tem que integrar o conteúdo curricular e a metodologia da aula, e como tal, tem que ter objetivos específicos para ela também;
*converse com os pais de seu aluno. Lembre-se que você é a peça fundamental na aprendizagem deste. Telefone, mande bilhetes, vá até a residência do mesmo, mas não desista;
*se sua escola já adotou o regime de hora-atividade, você pode usá-la também para fazer visitas aos seus alunos;
*não espere que a equipe gestora da escola dê o primeiro passo. Isto é, não espere a escola marcar uma reunião de pais e mestres para que você possa conversar com o pai, ou pais, do aluno, ou alunos. Marque a sua reunião para sua hora-atividade!
Mas, o que dizer a estes pais? Nada melhor do que ter o conhecimento necessário para falar francamente com os pais sobre os problemas escolares de seus filhos.
*falar somente o necessário significa falar do problema, das consequências e da solução para este. Veja que fazendo assim você não estará falando do aluno. Estará falando de um problema que você observou na aprendizagem deste aluno. Desta forma, você não estará dando um resultado parcial, dizendo, simplesmente, que o mesmo é ‘desinteressado’, ‘não quer fazer’, ‘desrespeita todo muito’, ‘só quer brincar’, e por aí vai…
*fale aos pais para acompanharem as atividades que foram feitas na escola, e sobre as lições de casa.
*peça que conversem com o filho sobre o assunto, ou assuntos estudados na aula daquele dia.
*diga-lhes que os irmãos maiores podem, somente, ajudá-lo a fazer as atividades do ‘para casa’.
Portanto, aqui ficaram expressas algumas situações que envolvem a dificuldade de aprendizagem. Saber como funciona o mecanismo da aprendizagem é o primeiro passo para entender o que acontece no ambiente da sala de aula.
Investigar, analisar, apontar e praticar ações possíveis de serem executadas faz parte do proceder docente. O saber fazer implica o saber olhar.
Deixo abaixo algumas sugestões de artigos que certamente serão de grande valia para o trabalho docente. A lista é grande, porem gostei muito dos trabalhos citados abaixo.
http://www.infoescola.com/pedagogia/teoria-de-aprendizagem-de-piaget/
http://revistaescola.abril.com.br/jean-piaget/
http://www.cerebromente.org.br/n08/mente/construtivismo/construtivismo.html
http://monografias.brasilescola.com/psicologia/piaget-vygotsky--diferencas-semelhancas.htm
https://www.youtube.com/watch?v=h0iaWCQLIiw
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/04/obra-completa-de-paulo-freire-gratis-para-download.html
Relacionando Conteúdo Prático X Conteúdo Teórico Nas Aulas De Matemática
http://www.segredodaformula.com/httpwww-segredodaformula-comartigos-html/
loading...
-
Jean Piaget
Fala sobre a teoria de desenvolvimento de Piaget é fazer referência ao Construtivismo e suas implicações na educação formal. Pois, o legado de sua teoria não perpassa somente a educação infantil ou as séries inicias do ensino fundamental, mas...
-
Cometários Da Teoria De Vygotsky
Um importante fator a ressaltar, para iniciar minha reflexão é o quanto a teoria de Vygotsky me faz perceber que a interação com os outros é importante.Para ele, para haver conhecimento, deve haver o ser deve interagir no sentido de ampliar...
-
Observações Da Teoria Piagetiana
Sinceramente, a teoria piagetiana foi a que me chamou mais a atenção até o momento. Veremos depois que, aliada a outra teoria que eu acho incrível, poderíamos obter um conceito de educação muito significativo. Mas, por enquanto, me deterei a comentar...
-
Relacionando Conteúdo Prático X Conteúdo Teórico Nas Aulas De Matemática
Relacionando Conteúdo Prático X Conteúdo Teórico Nas Aulas De Matemática Na sala de aula existem diversos materiais alternativos que te convidam a ministrar aulas práticas diretamente relacionadas com o conteúdo matemático. São carteiras,...
-
Profissional Da EducaÇÃo: Professor
PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO: PROFESSOR O profissional da Educação, professor, é responsável pela divulgação dos saberes elaborados...
Aprendizado