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Em São Paulo, governador anunciou que estado não cumprirá lei dos caminhoneiros e entrou na justiça contra trabalhadores. A pergunta é uma só: Vai ter greve contra o tucano também?
Por Jorge Capella
A Lei dos Caminhoneiros, que estabelece que não será cobrado pedágio de eixo suspenso de caminhões vazios, começou a vigorar na última sexta-feira com o país dividido. O governo de São Paulo, que administra 5.300 quilômetros de estradas concedidas, decidiu que não vai dar desconto no pedágio a caminhões com eixos suspensos, descumprindo a lei. Por outro lado, o governo federal, que conta com 11.200 quilômetros de rodovias concedidas, determinou que proporcionará o desconto a todos os caminhões com eixos suspensos, independentemente de estarem vazios ou não. Ou seja, os dois não cumprirão a lei como está escrita: São Paulo vai ignorá-la e a União vai fazer com que mesmo quem não tenha direito legal ao benefício acabe parcialmente isento do pedágio. Já o pedágio dos demais usuários deve ficar mais caro para cobrir a perda da receita dos caminhoneiros.
Classe trabalhadora, enfrentou o governo Federal e fez paralisação geral contra a presidente Dilma Rousseff, que até acabou se associando ao protesto pelo impeachment.
Será que serão dois pesos e duas medidas? Afinal o líder dos caminhoneiros é tucano desde 1999, no qual o mesmo revelou ser votante do PSDB.
E agora? Os caminhoneiros irão reagir?