A geração de Empregos formais e a taxa de semprego certamente são dois dos indicadores que melhor refletem o nível de satisfação de uma população com a situação do seu país. O primeiro deve ser o maior possível, pois reflete aumento na oferta de empregos e ocupação, já o segundo, de preferencia que seja o mais baixo, ninguém quer taxa de desemprego alta, e os dois indicadores geralmente mostram trajetórias inversas, embora não se possa tratar como uma proporcionalidade, porque o cálculo da taxa de desemprego não leva em conta apenas a ocupação, mas também a procura, que não necessariamente será proporcional a oferta.
Nesse artigo verificamos entre outras coisas que no primeiro mandato do governo FHC mais de um milhão de vagas de emprego foram destruídas, provocando um deficit enorme porque o mercado de trabalho era cada vez mais pressionado com as pessoas que a cada ano entram na faixa etária apta ao trabalho. No balanço de oito anos de governo FHC foram criadas menos de 800.000 vagas novas de trabalho, o que evidencia quanto esse governo fez mal para o país e para os brasileiros. Em relação a evolução das taxas de desemprego nas regiões metropolitanas e distrito federal do DIEESE, o gráfico mostra a inversão da trajetória a partir de 2003 e estabilização em patamar mais baixo a partir de 2008.
Geração de empregos formais (clique na imagem para ver com melhor resolução)
O gráfico acima revela uma diferença espantosa na quantidade de empregos formais criados durante os dois governos, evidenciando uma disparidade muito grande entre as políticas voltadas ao incentivo para a geração de empregos e de negociações para evitar demissões nos governos FHC e LULA, mostrando como são falaciosos os argumentos de que o mérito do governo LULA foi ter dado continuidade as ações do FHC.
Em 8 anos de FHC foram gerados aproximadamente 797 mil novos empregos contra 8, 721 milhões em 7 anos do governo lula, um aumento até agora de 994% que pode aumentar a medida que as previsões que nesse serão criados perto de 2 milhões de novas vagas. Se formos considerar médias anuais e mensais, o gráfico abaixo mostra a diferença abissal entre os dois governos:
FHC | LULA | |
Média Anual de empregos gerados | 99.625 | 1.245.857 |
Média Mensal de empregos gerados | 8.302 | 103.821 |
Evolução temporal da taxa de desemprego (clique na imagem para ver com melhor resolução)
O gráfico acima mostra a evolução das taxas de desemprego nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, São Paulo, Recife, Salvador, Porto Alegre e no Distrito Federal, que vinham em um patamar superior durante o governo FHC, modificando para uma trajetória de decaimento a partir de 2003, chegando ao mais baixo nível em 2008, se estabilizando nesse patamar em 2009, apesar da grave crise econômica mundial. Em todos as regiões metropolitanas e no Distrito Federal as curvas tem trajetórias semelhantes mostrando que não se trata apenas de um movimento regional ou sazonal.
Você já leu os demais artigos dessa série? leia mais aqui. A série continua, porém com um maior distancamento entre os arquivos, pois minhas férias estão acabando nesse final de semana e o tempo para pesquisa diminui por causa disso.
Legenda:
*Com estimativa mais provável da geração de empregos no ano de 2009;
**Média aritmética de 7 anos de governo (sem levar em consideração 2010);
***Taxa de desemprego de 2009 baseada na média aritmética das taxas dos 10 primeiros meses do ano, que estavm disponíveis no momento da consulta.
Referências:
Geração de empregos formais MTE/CAGED.
Taxa de desemprego das regiões metropolitanas e distrito federal DIEESE.