Colega de Temer no PMDB, Paes critica fim do ministério da Cultura: 'Foi um erro'
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse não concordar com uma das primeiras medidas do colega de partido e atual presidente em exercício, Michel Temer, que anunciou o fim do ministério da Cultura logo que assumiu o cargo. Agora, a pasta foi fundida com a da Educação para formar um ministério só.
“Como ator político, acho que a gente devia ter mantido a pasta da Cultura”, disse Paes nesta sexta-feira (13), em declaração reproduzida pelo portal G1. O peemedebista participou do lançamento do evento Passaporte Cultural, que dará descontos e gratuidades em mais de 700 atrações e 200 espaços culturais durante as Olimpíadas deste ano, realizadas na capital fluminense.
“Como aqui ninguém vai me grampear, eu posso falar à vontade”, ironizou o prefeito ao começar o evento. Ele disse entender que “o Brasil vive um momento delicado de mudanças”, e que acredita que a decisão de unir as pastas “foi um erro”.
Ainda de acordo com o site, o prefeito admitiu ser favorável ao projeto de “enxugar” os gastos públicos. “Mas tem uma coisa, ‘a cultura’ está se mobilizando, está reclamando, contestando muito a fusão do ministério da Cultura com o ministério da Educação”, opinou.
“Eu acho que, dos ajustes feitos desses ministérios, esse foi um erro. Tem que fazer uma mobilização tranquila, o setor tem força suficiente pra fazer as pressões de maneira adequada. É o início de um momento que está turbulento”, completou Paes. “Não precisava ter integrado ao ministério da Educação.”
A polêmica reforma ministerial de Temer
O presidente em exercício Michel Temer oficializou na última quinta (12), seu primeiro dia de governo, o fim de nove pastas (de 32 para 23), entre elas o ministério da Cultura, que será alocado junto ao da Educação. O comando fica por conta do pernambucano Mendonça Filho (DEM). É a primeira vez desde o governo de Ernesto Geisel, na ditadura militar, que não há ministério da Cultura no país.
Criada para garantir o direito de minorias, o ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos foi outro extinto. Houve uma fusão, desta vez com o ministério da Justiça e Cidadania.
O responsável será Alexandre de Moraes, ex-secretário de segurança pública de São Paulo que atuou como advogado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha e da Transcooper – cooperativa que seria usada pela facção PCC para lavagem de dinheiro. A escolha de Moraes para o cargo também foi considerada polêmica devido ao fato do secretário ter sido um dos principais criticados pelas abordagens truculentas da Polícia Militar paulista em manifestações de estudantes e professores.
Temer também anunciou o fim da Controladoria-Geral da União (CGU), que agora terá suas responsabilidades transferidas ao recém-criado cargo de Ministro de Estado da Transparência, Fiscalização e Controle. Outro posto criado pelo presidente em exercício foi o de Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. A Casa Militar da Presidência da República deixou de existir.
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