O estudo da personalidade humana ou “caráter” remonta, pelo menos, à antiguidade. Em seus personagens, Tyrtamus (371-287 aC) – conhecido como “Theophrastus” ou “Fala Divina” por seu contemporâneo Aristóteles, dividiram as pessoas de Atenas no século IV a.C. em 30 diferentes tipos de personalidade. As Personagens exerceram uma forte influência sobre os estudos subsequentes da personalidade dos seres humanos na França e na Inglaterra.
O próprio conceito de transtorno de personalidade é muito mais recente, e timidamente remonta à descrição feita em 1801 pelo psiquiatra francês Philippe Pinel “manie sans délire”, uma condição que ele caracterizou como explosões de raiva e violência (“manie”), na ausência de quaisquer sinais de doença de psicóticos, como delírios e alucinações (“délires”). Mais ou menos 60 anos depois, em 1896, o psiquiatra alemão Emil Kraepelin (1856-1926) descreveu algumas formas de comportamento anti social, sob a égide de “personalidade psicopática”.
O site Psychology Today elaborou uma lista com os cinco mais frequentes. Descubra quais são eles:
1. Transtorno de personalidade paranóide
Isso compreende o transtorno de personalidade paranóide, esquizóide e esquizotípico. O transtorno de personalidade paranóide é caracterizada por uma desconfiança generalizada dos outros, incluindo até mesmo os amigos e familiares mais próximos. A pessoa está sempre desconfiada, e constantemente à procura de pistas ou sugestões para confirmar os seus medos. Ele ou ela tem um forte senso de autoimportância e direitos pessoais, é excessivamente sensível a atrasos e/ou recusas, alguém que sente vergonha e humilhação com facilidade, e persistentemente carrega rancores com a sua situação de vida.
2. Transtorno de personalidade esquizóide
O termo foi cunhado por Bleuler em 1908, o termo “esquizóide” designa uma tendência natural para levar a atenção para a vida interior e bem longe do mundo externo. No transtorno de personalidade esquizóide, a pessoa é isolada e distante e propensa a uma grande introspecção e fantasia exagerada. Ele ou ela não tem nenhum desejo em ter outras relações sociais ou sexuais, é indiferente com relação aos outros e com as normas e convenções sociais, e carece de resposta emocional. Em casos extremos, ele ou ela pode parecer ser uma pessoa fria e insensível.
3. Transtorno Esquizotípico
O Transtorno Esquizotípico é caracterizado por esquisitices de aparência, comportamento e discursos estranhos, e anomalias que podem ser semelhantes aos observados na esquizofrenia. As anomalias de pensamento podem incluir crenças estranhas, pensamento mágicos, desconfiança, falas obsessivas e experiências perceptivas incomuns. Uma pessoa com o transtorno esquizotípico muitas vezes teme uma interação social mais íntima e vê outras pessoas como mal intencionadas e potencialmente prejudiciais. Isso pode levar a pessoa a desenvolver as chamadas “ideias de referência”, que são as impressões fugazes e a crença de que os objetos, pessoas ou situações têm um significado especial para ele ou ela.
4. Transtorno de personalidade antissocial
Isso compreende transtorno de personalidade antissocial, incerteza, histriônico (fica incomodado quando não é o centro das atenções) e narcisista. Até mesmo Schneider ampliou o conceito de transtorno de personalidade para incluir aqueles que “sofrem com a sua anormalidade”, o transtorno de personalidade era mais ou menos um sinônimo de transtorno de personalidade antissocial. Ser antissocial é muito mais comum em homens do que em mulheres, e o comportamento é caracterizado por uma indiferença insensível aos sentimentos dos outros.
5. Transtorno de incerteza
No transtorno de incerteza, a pessoa não tem, essencialmente, um senso de si, e como resultado de experiências e sentimentos vazios, ela tem receios de abandono. Há um padrão intenso, mas instáveis de relações, instabilidade emocional, explosões de raiva e violência (especialmente em resposta à crítica), e comportamento impulsivo. Ameaças de suicídio e atos de automutilação são muito comuns em pessoas com esse transtorno.