Segue, para reflexão neste Natal, vídeo e sua transcrição textual do analista político Bob Fernandes, da TV Gazeta, sobre as surreais asneiras de uma determinada parcela rica e hipócrita da chamada Casa Grande deste país:
2015. O ano em que, infiltrando-se em manifestações democráticas,fascistas voltaram às ruas em bandos.
Haddad, Suplicy, Mantega, o ministro Patrus Ananias, entre vários outros, foram ofendidos ou cercados pelo fascio. Até um morto, José Eduardo Dutra, no seu velório. Sempre em bando.
Agora foi com Chico Buarque. Na madrugada desta terça-feira, 22, no Leblon. Com Chico estavam os cineastas Cacá Diegues, Rui Solberg, e Miguel Faria Jr.
Também com Chico, Eric Nepomuceno. Escritor, tradutor de Gabriel Garcia Márquez, Julio Cortázar, Eduardo Galeano...
"Gustavo", Tulio Dek e Guilherme Motta se identificaram entre os que provocavam ou ofendiam Chico. Presente também "Alvarinho", filho de Álvaro Garnero.
Os rapazes usam a expressão "Petista" como se ofensa fosse. Assim como há quem use "Tucano" como palavrão. Faltam argumentos, informação, educação e, sobretudo, inteligência.
Um deles argumentou: "O PT é bandido". Chico, sorridente e calmo, respondeu provocando: "Acho que o PSDB é bandido... e agora?". Como argumentar numa estrebaria?
Ao que se lê, depois Álvaro Pai teve que explicar para "Alvarinho" filho, já adulto, quem é Chico Buarque.
Na madrugada de libações pré-Natal, o mais agressivo dos rapazes, como se acusasse um criminoso repetiu varias vezes para Chico Buarque:
-Você mora em Paris...
Um outro repetia: ..."e tem um apartamentão..."
O rapaz que disse ser Chico Buarque um "merda" é Guilherme Junqueira Motta Luiz. No facebook, fotos de Guilherme. Não em Paris. No circuito Miami-Orlando, esquiando em Aspen, ou em Capri. E posts com Ronaldo Caiado, bispo Malafaia, Danilo Gentili...
No facebook, Chico respondeu aos tipos com música, um de seus muitos clássicos: "Vai Trabalhar, Vagabundo".
Trabalhar. Mas, por exemplo, nunca trabalhar numa usina e canavial condenados por negar folga a trabalhadores aos domingos e feriados (caso de um Caiado)...
Exercendo um direito, 105 milhões de cidadãos votaram em Dilma ou Aécio.
Usar "PT" ou "PSDB", "petista" ou "tucano" com intenção de ofender, criminalizar adversários indiscriminadamente, como se tem feito habitualmente, têm precedentes graves na História.
Nazistas, e fascistas de outros regimes, já se valeram disso. Chamaram de "Responsabilização Coletiva". O mesmo que sem assim chamar cada vez mais fazem por aqui.
Com hegemonia nas narrativas, começaram infamando adversários publicamente. Terminaram no nazismo e fascismo, com assassinatos em massa.
http://oespiritualismoocidental.blogspot.com.br/2015/12/bob-fernandes-sobre-2015-o-ano-em-que.html