RELATIVISMO MORAL ÉTICA OBJETIVA
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RELATIVISMO MORAL ÉTICA OBJETIVA


RELATIVISMO MORAL ÉTICA OBJETIVA






Em nosso mundo diferenciado, Contemporâneo e Globalizado, convivem duas correntes, a primeira é o Relativismo Moral que se caracteriza pela defesa das condições do ambiente onde o homem o ativa, a partir da qual os valores e as verdades são construídas, a segunda é a Ética objetiva, que acredita que existem morais e éticas, comuns e genéricos e a todo o universo.

Relativismo Ético:
A tolerância como virtudes, admitindo múltiplos ambientes e valores, desde que o mundo é mundo, alguns pensadores, defendem a teorias do relativismo ético. Afirmam que não há uma base objetiva e universal sobre a qual se possa erguer um sistema moral único, valido para todos os homens.

Para o relativista ético, a consciência moral dos homens é formada pelo conjunto de princípios e valores herdados de cada cultura. Assim o conteúdo da consciência moral varia no tempo e no espaço. O que é virtude par um pacifista moderno pode não ter sido para um guerreiro huno. E mesmo dentro de um grupo cultural com certa homogeneidade – os cristãos, por exemplo – a consciência muda de época para época. A igreja medieval julgava moralmente correto queimar um homem vivo na fogueira por ele ter cometido atos que hoje, obviamente, não mereceriam do cristianismo essa mesma brutal condenação.

Percebe-se, então, que as sociedades humanas constroem no decorre da historia seus próprios códigos morais que, por sua vez, refletem os valores éticos dominantes em cada cultura. Assim, verificamos que há sociedade onde o valor dominante é busca do prazer físico. Em outras o valor moral, mas importante é a glorificação religiosa de deus. E ainda em outras, como a sociedade em que vivemos, o valor dominante se refere a conquista de poder econômico, sucesso pessoal e acumulo de riqueza.

Para o relativismo ético, a moral é fruto do padrão cultural vigente. E este varia com a história e a geografia. Então, a ética torna-se uma questão de ótica.

Insto é, reflete a visão de mundo (códigos e juízos morais) compartilhada por uma sociedade, visão de mundo criadora de laços e normas para que a vida do grupo possa existir com certo grau de ordem, direção e solidariedade.

Admitindo a existência de várias formas de moralidade, o relativismo ético defende que a virtude não pode se restringir a um conteúdo rígido de normas ou a um mandamento unilateral. A virtude estaria na tolerância, no respeito pelos diferentes sistemas morais que, entre si admitam conviver pacificamente. Neste sentido, é imoral, em primeiro lugar.

Ética Objetiva:
Em outro pólo há os que sustentam que alguns valores e princípios são Universais, independente de época e lugar. Entre os defensores de uma ética objetiva podemos destacar pensadores que se inspiram no conceito de natureza ou condição humana. Denominamos humanismo essa postura filosófica que busca no conhecimento da natureza ou condição humana a fundamentação para as normas éticas e os valores que devem orientar a vida individual e coletiva.

Vimos que a definição de natureza humana não é algo simples. Enquanto para os pensadores cristãos “o homem é feito à semelhança de Deus”, para Kant a natureza humana é essencial razão, e para Marx ou Sartre essa natureza humana não existe como algo dado, porque é construída socialmente.

Essa diversidade de concepções coloca grandes questões quando se buscam os valores morais universais. Em que fundamentá-los? No entanto, a necessidade de valores universais tem sido vivenciada concretamente diante das atrocidades cometidas tantas vezes em nome dos particularismos de ordem política e cultural que ocorreram e ainda ocorrem em tantas regiões.

Para alguns filósofos, a solução dessas dificuldades não se daria no campo da ética, pois a moral não seria capaz de resolver os problemas sociais que geram a violência e as atrocidades, uma vez que esses problemas têm origem na estrutura social da qual a moral é apenas uma forma de expressão.

Bertrand Russell, por outro lado, afirmou que o grande objetivo da ética seria “produzir desejos harmoniosos em vez de desejos discordantes” entre os homens, pois isso aumentaria seu grau de felicidade. Como isso pode ser conseguido?

Russell responde que a tarefa não é simples, mas inclui o combate aos medos irracionais, a todos os preconceitos forjados pela ignorância e a dissolução dos fanatismos em conflito, sejam políticos, religiosos etc. o mundo e os homens deveriam ser também, objetos permanentes de estudo científicos. Para ele, o hábito de basear suas crenças nos resultados da ciência já reflete a busca incessante dos homem por uma verdade cada vez mais plena.

Assim o princípio ético fundamental de Russell pode ser resumido numa única frase: a vida feliz é aquela “inspirada no armo e guiada pelo conhecimento”.

Outra corrente contemporânea que tenta dar resposta ao problema da fundamentação de uma ética universal se desenvolveu a partir da análise da linguagem e tem em Jurgen Habermas um de seus maiores representantes. Ele desenvolveu os elementos para uma ética discursiva, ou seja, uma ética fundada no diálogo e no consenso entre os sujeitos. O que se busca nesse diálogo é a razão que, tendo sido reconhecida pelos participantes do diálogo, sirva como fundamentação última para a ação normal.

O conceito de razão em Habermas não é o mesmo do Iluminismo. Trata-se de uma razão comunicativa, que não existe pronta nem acabada, mas que se constrói a partir de uma argumentação que leva a um entendimento entre os indivíduos. É uma razão interpessoal e não mais subjetiva; é uma razão processual e não definitiva e acabada.

Mas, para que essa argumentação leve a um entendimento real entre os indivíduos, é necessário que o diálogo seja um diálogo livre, sem constrangimentos de qualquer ordem e que o convencimento se dê a partir de argumentos válidos e coerentes.

A ética discursiva de Habermas é uma aposta na linguagem e na capacidade de entendimento entre as pessoas na busca de uma ética universal, baseada em valores válidos e aceitos consensualmente.

A grande questão que permanece é quantos Às condições de realização de um diálogo livre e igualitário numa sociedade marcada pela desigualdade e pelo constrangimetno.

http://eduacorrea.blogspot.com.br/2009/07/relativismo-moral-etica-objetiva.html



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