Pirâmide de 4,6mil anos é descoberta no Egito
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Pirâmide de 4,6mil anos é descoberta no Egito



Pirâmide de 4,6mil anos é descoberta no Egito 


Há 4600 anos, esta pirâmide se elevava por cima das redondezas. Os arqueólogos conheciam há muito sobre a sua existência, mas apenas há pouco tempo um grupo internacional de cientistas, que trabalhavam não longe da pequena cidade de Edfu, conseguiu descobrir uma colina não alta, coberta de areia. Foi tudo que sobrou de uma estrutura majestosa em tempos.

Essa nova pirâmide, de aproximadamente 4.600 anos, foi encontrada pelos arqueólogos no sul do Egito. Com menos de 15 metros, já conclui-se que a estrutura envelheceu como um monumento abandonado, já que apenas algumas décadas após ficar pronta, a nova pirâmide sofreu com o fenômeno de migração, ou seja, toda a atenção que detinha da época acabou se virando para as grandiosas Pirâmides de Gizé.  



Chamada de Pirâmide de Edfu, a estrutura está localizada no local onde existiu um povoado antigo de mesmo nome ao sul do Egito, e foi identificada como mais uma das sete pirâmides “provinciais”. 

Com o tempo, blocos de pedra da pirâmide de degraus foram saqueados e o monumento foi exposto às intempéries. O que resta dela tem hoje apenas 4,8 metros de altura. 

A pirâmide de degraus, que se erguia até um pouco menos 15 metros, é uma das pirâmides "provinciais" construídas ou pelo faraó Huni (2635-2610 AC) ou por Snefru (2610-2590 AC).

Espalhadas por todo o Egito central e do sul, as pirâmides provinciais estão localizadas perto de grandes assentamentos, não têm câmaras internas e não foram destinados a enterros. Seis das sete pirâmides têm dimensões quase idênticas, incluindo a recém-descoberto em Edfu.

A história conta que a primeira pirâmide de Snerfu no platô de Gizé teve uma forma não acertada, com faces fraturadas, e arquitetos antigos tiveram que planejar com urgência uma nova casa eterna para o faraó. A nova pirâmide obteve o nome de Snefru Brilhante devido a suas formas ideais.


Salima Ikram, uma arqueóloga, revelou as razões pelas quais o faraó mandou construir no sul do país uma pirâmide provincial não destinada para um sepultamento:

“Tudo que foi construído por egípcios teve grandes dimensões. As estruturas que eles construíam para seus deuses e faraós deveriam ser grandiosas e vistas de longe. Mas os construtores de pirâmides perseguiam também mais um objetivo: a formação de uma ideia nacional e a concessão de postos de trabalho a pessoas. A construção deveria continuar bastante tempo para consolidar pessoas em torno dessa ideia nacional”.

Com certeza, a sorte acompanhou a equipe de arqueólogos que conseguiu descobrir esta antiga pirâmide. Nos últimos três anos, em resultado da desestabilização da situação no Egito, em muitos casos o aceso a pirâmides e câmaras funerárias antigas tornou-se mais fácil para saqueadores e não arqueólogos. 

Já não é seguro trabalhar no deserto: caçadores de antiguidades estão roubando artefatos e tentam posteriormente mandá-los ao exterior.


Apesar de ameaças e de insegurança, arqueólogos egípcios e estrangeiros continuam abnegada e minuciosamente a descobrir e a preservar antiguidades do Egito, riquezas que devem pertencer à humanidade.

A equipe também encontrou hieróglifos pintados nas faces laterais da pirâmide. As inscrições estão localizadas ao lado dos restos mortais de bebês e crianças que foram enterradas ao pé da pirâmide. Os arqueólogos do Instituto Oriental da Universidade de Chicago acreditam que as inscrições e os enterros datam de muito tempo após a pirâmide ser construída e que a estrutura não foi originalmente concebida como um local de sepultamento.

A descoberta da pirâmide de Edfu é resultado de um trabalho iniciado em 2010, conduzido por Gregory Marouard. Um arqueólogo do Instituto Oriental da Universidade de Chicago.

“Ela não se parecia com uma pirâmide, as pessoas de uma vila próxima pensaram que a estrutura era o túmulo de um Sheik, ou um santo muçulmano local”. 

Marouard promete que a sua equipe irá publicar os resultados da escavação, com a explicação sobre os corpos e imagens detalhadas em breve.



O objetivo destas sete pirâmides é ainda um mistério. Elas podem ter sido usadas ​​como monumentos simbólicos dedicados ao culto real que afirmava o poder do rei nas províncias do sul. 

No lado leste da pirâmide recém-descoberta, a sua equipe descobriu os restos de uma instalação onde oferendas de alimentos parecem ter sido feitas - uma descoberta que é importante para compreender esse tipo de pirâmide, uma vez que fornece pistas sobre o seu uso.

Os resultados iniciais da escavação foram apresentados num simpósio realizado em Toronto pela Sociedade para o Estudo das Antiguidades Egípcias. Embora os estudiosos soubessem da existência da pirâmide em Edfu, a estrutura nunca tinha sido escavada antes da equipe de Marouard começar a trabalhar em 2010. Sua equipe descobriu que a pirâmide estava coberta por uma espessa camada de areia, lixo moderno e o que restou do furto de seus blocos.

“As características parecidas entre estas pirâmides é algo assombroso. Está claro que faziam parte de um mesmo plano... A construção reflete um bom domínio da construção com pedra, sobretudo pelo ajuste dos blocos”, declarou à publicação Live Science Gregory Marouard. 


Como o monumento sofreu o roubo dos tijolos de sua parte superior, perdendo parte de sua forma, os habitantes dos povos próximos nunca acharam que se tratava de uma pirâmide.

Construído de blocos de arenito e argamassa de barro, fora construída na forma de uma pirâmide de degraus. Um núcleo de blocos aumenta verticalmente, com duas camadas de blocos ao lado, em cima uns dos outros.

O estilo é semelhante ao de uma pirâmide de degraus construída por Djoser (2670-2640 AC), o faraó que construiu a primeira pirâmide do Egito, no início da terceira dinastia egípcia antiga.


A técnica é próxima da utilizada na pirâmide Meidum, que foi construída por Snefru ou Huni e começou como uma pirâmide de degraus antes de ser transformada numa verdadeira pirâmide. "A construção em si reflete um certo cuidado e uma experiência real no domínio da construção de pedra, especialmente no ajuste dos blocos mais importantes", disse Marouard.

Marouard também observou que a pirâmide foi construída diretamente sobre a base e foi inteiramente com matérias-primas locais. A pedreira de onde o arenito foi extraído foi descoberta em 2011, e está localizada apenas a cerca de meia milha (800 m) a norte da pirâmide.

Quando a equipe desenterrou a pirâmide, descobriu que havia inscrições em suas faces externas. Elas incluíam representações hieroglíficas de um papiro, um homem sentado, um animal quadrúpede, uma folha de junco e um pássaro.

O crescimento de um cemitério moderno e uma vila representam um perigo para a pirâmide recém- descoberta.  A fim de ajudar a evitar mais saques, um muro foi construído em torno da estrutura. 

"São inscrições em sua maioria privadas e ásperas, e certamente dedicadas a enterros da criança/bebês localizadas sob estes inscrições no pé da pirâmide", disse Marouard. Uma das inscrições parece significar "chefe da casa", e pode ser uma referência à mãe de uma criança enterrada.  


Os arqueólogos descobriram que na época do reinado de Khufu (o faraó que construiu a Grande Pirâmide), 2590-2563 AC, a pirâmide em Edfu tinha sido abandonada, e as oferendas já não eram mais feitas. Isso ocorreu menos de 50 anos após a sua construção, disse Marouard.

Isso sugere que as sete pequenas pirâmides deixaram de ser utilizadas quando o trabalho na Grande Pirâmide começou. Parece que Khufu já não achava que havia necessidade em manter uma pequena pirâmide em Edfu, ou noutros lugares no sul do Egito, disse Marouard.

Em vez disso, Khufu focou todos os recursos na construção da Grande Pirâmide de Gizé, que fica perto da capital egípcia em Memphis, acrescentou. Khufu pode ter-se sentido politicamente seguro no sul do Egito e não via necessidade de manter ou construir pirâmides no local.

No Wadi al-Jarf, uma porta encontrada na costa do Mar Vermelho, que remonta ao tempo de Khufu, papiros (documentos escritos) que datam do final do reinado de Khufu foram descobertos recentemente apoiando a ideia de que o faraó tentou convergir todos os recursos que podia para Gizé e para a maravilha antiga que estava sendo construída.

*Confira mais imagens no vídeo abaixo (EM INGLÊS)






Fonte: http://noticias.seuhistory.com/piramide-abandonada-de-46-mil-anos-e-descoberta-no-egito
http://www.ciencia-online.net/2014/02/descoberta-piramide-com-4600-anos.html



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