Não há dúvidas que a China é uma economia em pleno desenvolvimento. Mais que isso, ela é o país que mais cresce, com uma média de mais de 7,5% ao ano e uma inflação em cerca de 3,5%. Segunda maior economia mundial, há quem diga que o país disputará com os Estados Unidos, num futuro não tão distante, a liderança do mundo.
Antes de falarmos da China como uma potência econômica, é preciso esclarecer, apenas a título de ilustração, que para o Banco Mundial um país desenvolvido é aquele que tem um alto Rendimento Nacional Bruto (RNB) per capita. Para tornar o entendimento mais fácil, basta saber que o desenvolvimento de um país é percebido pelo avanço de seu crescimento econômico e social como resultado do esforço produtivo de seus habitantes.
Voltando a falar da China, a ascensão econômica do País, com uma média de crescimento anual de 10% por mais de 30 anos, foi idealizada pelo estado chinês. Estado este que, de acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Harvard, tem a aprovação de 80% a 95% dos chineses. Muito mais alto do que países como o Reino Unido, que apresenta 45%. Embora a China ainda seja um país em desenvolvimento, devemos tomá-la como exemplo para colocar o Brasil no caminho correto. Se considerarmos a infraestrutura de lá – que por aqui só vem recebendo investimento nos últimos anos -, a malha ferroviária de alta velocidade chinesa é a maior do mundo e, em breve, será maior do que a do restante do mundo combinado. Não devemos nos iludir e pensar que a China, que possui a maior população mundial, é composta apenas por pessoas que passam o dia nas linhas de produções e recebem salários de acordo com o quanto produzem. O governo chinês investe, e muito, em capital humano. São US$ 250 bilhões anuais e como resultado, 8 milhões de universitários terminam a graduação todo ano. Mas não é apenas nas universidades que o governo chinês investe. A educação básica também é prioridade e faz parte do Plano Nacional de Reforma e Desenvolvimento de Educação a Médio e Longo Prazo, que foi lançado em 2010 e deve seguir até 2020. O objetivo: modernização do sistema educativo, instauração a nível nacional da educação pré-escolar e a eliminação do analfabetismo no país. O resultado disso? A China cresce em todos os aspectos. O investimento prioritário do governo chinês em educação e o no desenvolvimento de novas indústrias, energias alternativas, proteção do meio ambiente, biotecnologia, tecnologia de informação avançada e veículos híbridos são diferenciais do País. A China tem problemas? Sim, como todos os outros países. Entretanto, ela tem mostrado para o mundo que crescimento econômico e liderança são consequências de investimento na formação dos indivíduos.
Janguiê Diniz é Mestre e Doutor em Direito e Fundador e Acionista Majoritário do Grupo Ser Educacional
https://urbsmagna.wordpress.com/2013/08/04/china-educacao-como-base-de-seu-desenvolvimento/