Terminou a campanha brasileira na Olimpíada 2016 em que fomos sede, com 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes, 19 no total. Como eu previa neste blog, antes do início dos jogos, superamos o recorde de ouros de 2004, que eram 5 e também o de número de medalhas que pertencia a 2012, com 17.
Um outro número importante é o aumento do número de modalidades em que subimos ao pódio. Foram 9 em 2012 e 12 agora em 2016. Países como Quênia e Jamaica, ficaram em 15º e 16º, mas com todas as medalhas concentradas no atletismo.
Como eu também acreditava, 7 ouros seriam insuficientes para atingir o top 10 no quadro de medalhas. Terminamos em 13º. A Austrália ficou em 10º com 8 ouros, 11 pratas e 10 bronzes.Também no total de medalhas ficamos em 12º, empatado com a Holanda com 19.
O mais importante, além do recorde de ouros e de medalhas foi ter ampliado o número de esportes que subiram ao pódio. Repetimos em relação a 2012: vôlei, vôlei de praia, vela, judô, ginástica, futebol e boxe. Trocamos a natação pela maratona aquática. Acrescentamos taekwondo, tiro ( desde 1920 não subia ao pódio), atletismo e a canoagem graças ao fenômeno Isaquias Queiroz.
Eu acreditava que conquistaríamos de 24 a 25 medalhas. Alguns esportes foram econômicos em pódios: na vela apostava em 3 medalhas, mas conquistamos uma muito valiosa de ouro. No boxe, achava que o fator casa pudesse colaborar para pelo menos 3 medalhas, mas assim como a vela, tivemos uma importantíssima de ouro.
Na natação, apesar de não estar muito otimista por causa dos tempos dos brasileiros este ano, acreditava em pelo menos uma, mas saímos zerados das piscinas, apenas com o bronze da maratona aquática.
A ginástica foi o esporte mais produtivo. A expectativa era de no máximo duas medalhas e faturamos 3. No atletismo, o principal nome do Brasil nos jogos, Thiago Braz e seu incrível salto de 6m03. No judô poderíamos ter uma a mais, mas não dá para criticar 3 medalhas. A conquista mais surpreendente veio do taekwondo, com o bronze de Maicon Siqueira.
Nos coletivos, novo sucesso no vôlei, desta vez com o masculino. Desde 2004, sempre conquistamos ouros, seja com o masculino ou feminino. No handebol, a seleção feminina vacilou nas quartas de finais, mas eu alertava o fato da modalidade ter pelo menos 8 seleções com chances de medalha. Um jogo ruim foi fatal. O masculino cumpriu seu papel ao passar de fase.
No vôlei de praia tínhamos duas duplas favoritas e uma confirmou. No futebol quebramos o tabu do ouro no masculino. No polo aquático vencemos a campeã olímpica Sérvia, mas o resultado final podia ter sido melhor. No hóquei sobre grama e rugby sevens, as goleadas seriam inevitáveis pois o Brasil ainda engatinha na modalidade. A única modalidade coletiva que o Brasil teve um desempenho ruim foi o basquete, eliminado com as duas seleções na 1º fase.
Nos próximos dias, postarei sobre os maiores destaques, decepções, medalhas que bateram na trave, momentos inesquecíveis e resumos completos de toda participação brasileira na Olimpíada de 2016.
https://esportes.yahoo.com/blogs/romano-olimpico/brasil-conquista-p%C3%B3dios-em-12-modalidades-supera-204253079.html